História do Óleo Essencial de Vetiver
É conhecido como “óleo da tranquilidade”, por causa de sua ação calmante. Em Calcutá, os toldos, as persianas e os guarda-sóis eram feitos da erva Vetiver, também conhecida como kus-kus. Borrifado com água em temperaturas altas, o vetiver desprende um agradável odor. A raiz em pó, utilizada em saches, protegia a musselina indiana contra traças e outros insetos.
Em Java, a raiz é utilizada há séculos em tapetes de tecido e cabanas de palha, e os nativos do Haiti utilizam as partes de grama em telhados de sapé.
Um famoso perfume europeu, denominado Mousseline des Indes, continha Vetiver, além de Sândalo, Benjoim, Tomilho e Rosa. Na verdade, o Vetiver é usado normalmente como fixador em perfumes. Antes da Primeira Guerra Mundial, Java exportava grandes quantidades de raízes secas de Vetiver para Europa, onde eram destiladas. No entanto, como os portos começaram a ficar muito congestionados, Java começou a destilar a planta localmente, onde ela era chamada de Akar wangi.
Algumas das características do Vetiver fazem desta planta um excelente meio de controlar a erosão, nos climas mais quentes. Ao contrário das outras ervas, o Vetiver não ganha raízes horizontais, crescendo estas, quase exclusivamente, na direção vertical, para baixo. Os grupos densos de colmo ajudam também a travar o escoamento de água superficial. Por estas razões, o Vetiver é usado para criar sebes ao longo de estradas, nos limites dos arrozais. Como a planta não cria estolhos, não é uma planta invasiva e o seu cultivo torna-se controlável. O plantio de cordões do Vetiver tem se mostrado eficiente na conservação do solo e da água em várias regiões do mundo, devido à elevada resistência ao arrancamento pelas enxurradas, característica proporcionada por seu extenso e resistente sistema radicular, que estabiliza a planta e agrega o solo.
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